top of page
Foto do escritorJuliana Melo

AMP: entenda a otimização de páginas para navegação mobile

Imagem realista em IA de um smartphone mostrando um site de e-commerce

Já faz algum tempo que a navegação mobile domina a internet.


Em 2017, os dispositivos móveis já eram responsáveis por mais de 60% de todo o tráfego web. Indispensáveis para muita gente, esses aparelhos nos acompanham em quase todas as tarefas do cotidiano. Com que frequência você recorre ao seu celular para tirar dúvidas e buscar informações, por exemplo?


Pois é. Essa importância crescente dos dispositivos móveis foi o que levou o Google a criar o AMP (Accelerated Mobile Pages), um projeto pensado especialmente para ajudar websites a acompanharem o crescimento do universo mobile.


A iniciativa não deixa dúvidas: para quem investe em SEO, a otimização para dispositivos móveis não é opcional. E hoje, você vai entender como o AMP já facilitou essa tarefa para muitas marcas.


Basta continuar a leitura para descobrir o que são as Accelerated Mobile Pages e de que formas elas podem influenciar o desempenho dos sites. De quebra, a gente também vai desvendar algumas das controvérsias que envolvem esse polêmico recurso do Google e te ajudar a se livrar daquela grande dúvida: será que ainda vale a pena usar AMP no seu site?


Confira, a seguir:




Afinal, o que é AMP? 


AMP é a sigla para Accelerated Mobile Pages (“páginas aceleradas para dispositivos móveis”), uma iniciativa da Google que oferece ferramentas de criação de páginas web otimizadas para a navegação mobile.


Em outras palavras, é um conjunto de componentes web de código aberto que podem ser adicionados às páginas de um site para deixá-las mais ágeis nos dispositivos móveis. Dessa forma, elas são carregadas rapidamente para quem acessa via smartphones ou tablets.  


A ideia é que a melhoria na velocidade de carregamento proporcione experiências de navegação mais fluidas e agradáveis para os usuários. Além de ser usado na criação de sites, o AMP também pode contribuir para a elaboração de e-mails e anúncios otimizados para dispositivos móveis.


Saiba a importância das Accelerated Mobile Pages


Segundo as estatísticas do próprio Google, 40% das pessoas abandonam os sites quando ele demora mais de 3 segundos para carregar.


É simples: ninguém gosta de esperar muito para visualizar o conteúdo de uma página. Não é à toa que a velocidade de carregamento é considerada um pilar fundamental da experiência do usuário – ela até ganha destaque entre as métricas de SEO e UX oficiais do Google, as Core Web Vitals –.


Quando o AMP surgiu, em 2016, muitos sites ainda não eram capazes de entregar uma boa velocidade de carregamento em dispositivos móveis (mesmo que se saíssem bem nas versões desktop). O projeto foi revolucionário porque possibilitou que essas plataformas melhorassem a performance móvel de forma prática, sem grandes complicações.


Resumindo: o AMP nasceu para viabilizar a criação fácil de versões mobile altamente ágeis dos conteúdos web. Entretanto, isso não significa que o framework do Google não tenha suas limitações – como você descobrirá daqui a pouco –.


AMP pages: elas realmente podem melhorar a experiência móvel?


Além de carregarem quase instantaneamente, as versões AMP das páginas são altamente responsivas – ou seja, respondem com rapidez às interações dos usuários –. 


Mas o impacto real que essa velocidade tem sobre a experiência do usuário (UX) é tema de debates acalorados entre os especialistas. Isso porque a versão AMP só é exibida na primeira página acessada durante a visita.


Digamos que alguém encontre o blog da sua marca por meio de uma pesquisa no Google, por exemplo. Essa pessoa clica em um dos resultados da busca e vai parar na página AMP que abriga o seu blogpost.


Caso o usuário decida seguir algum dos backlinks ou simplesmente explorar outras áreas do blog, todas as páginas acessadas depois da primeira serão carregadas em suas versões “convencionais” (não AMP).


Portanto, o uso do AMP até pode contribuir para uma boa velocidade de carregamento no momento do primeiro contato entre o usuário e o site – algo importante para a retenção do tráfego nas páginas –. Porém, ele está longe de garantir um bom desempenho geral nos aspectos de UX do site: não adianta dar um show de agilidade nas versões AMP se as outras páginas são lentas.


Como as AMP impactam a velocidade de carregamento? 


Imagem em IA de um braço robótico tocando a tela de um celular sobre uma mesa de laboratório

Mas, afinal de contas, por que as páginas criadas com AMP são tão rápidas?


Na prática, elas são como versões simplificadas das páginas convencionais, com recursos reduzidos, o que as torna mais leves. É um framework projetado para priorizar totalmente a velocidade de carregamento, o que é possível por meio de três principais elementos:


  • AMP HTML: o código HTML que compõe as páginas AMP tem restrições específicas para limitar o uso de qualquer recurso capaz de afetar negativamente a velocidade de carregamento.

  • AMP JavaScript: com a biblioteca JavaScript do projeto AMP, é possível criar páginas sem ter que escrever muitas linhas de código JS e sem recorrer a JavaScript de terceiros. Os elementos são carregados de forma assíncrona, para que o carregamento de um recurso não bloqueie a renderização de outros.

  • AMP Cache: o HTML das páginas AMP pode ficar armazenado em cache nos servidores do Google, o que acelera o carregamento.


Além disso, as páginas AMP são configuradas para sempre priorizar o carregamento dos recursos mais importantes para a visualização da página. Alguns elementos, como imagens e anúncios, só são carregados quando existem chances reais de o usuário passar por eles.


AMP e SEO: como o AMP influencia o posicionamento do seu site nas buscas 


Investir em SEO significa disputar posições de destaque nas páginas de resultados das buscas (ou SERPs, do inglês Search Engine Results Pages).


Durante algum tempo, as páginas AMP tinham vantagens nessa corrida, já que recebiam um tratamento especial por parte dos algoritmos de ranqueamento do Google. Quem usava o framework ganhava a preferência do buscador quando a ordem de exibição dos resultados era definida.


Além disso, a utilização de componentes AMP também era um requisito para aparecer nos espaços privilegiados das seções Principais Notícias e Google Discover.


A lógica por trás de priorizar esses conteúdos era simples: páginas criadas com AMP são mais rápidas e, por isso, oferecem experiências melhores aos usuários. Então faz sentido que elas ganhem um “empurrãozinho” na performance SEO, certo?


Bem… mais ou menos. Na verdade, esse esquema de priorização só durou por alguns anos. 


Em uma atualização de 2021, o Google acatou às críticas do público e deixou de considerar o uso do AMP como critério de classificação dos resultados nos sites de buscas. Em vez disso, a velocidade de carregamento passou a ser um fator de ranqueamento por si só, mensurado pelas métricas do Core Web Vitals.


Hoje em dia, o Google prioriza páginas rápidas – não importa se elas foram ou não construídas com a tecnologia AMP –. Portanto, o uso do framework não tem nenhum impacto direto sobre o desempenho SEO de um site: só é preciso garantir que as páginas mobile sejam ágeis, responsivas e estáveis.


Vantagens e desvantagens das Accelerated Mobile Pages


Como você já sabe, a maior vantagem do AMP é a otimização radical dos componentes web. A arquitetura 100% baseada na velocidade evita os problemas tradicionalmente causados pelo carregamento lento, como altas taxas de rejeição.


Mas nem tudo são flores. Afinal, as polêmicas ao redor do projeto não surgiram do nada.


Um dos aspectos mais criticados nas ferramentas AMP é a capacidade limitada de customização. As páginas precisam ser construídas usando um número restrito de elementos e recursos disponibilizados nas bibliotecas AMP, o que afeta bastante as possibilidades de criação.


Se você quiser incluir um menu na sua página, por exemplo, terá que se contentar com a aparência e a funcionalidade das poucas opções disponíveis para criação com AMP. É possível mudar textos, cores e incluir a sua logomarca, mas o layout da sua página mobile seguirá um padrão parecidíssimo com o de muitas outras páginas que já existem na web.


Além disso, criar e manter versões AMP é algo que requer tempo e esforço.


Embora seja prático e utilize códigos simplificados, o processo de estruturar as páginas AMP e implementá-las no site não é de se ignorar. Afinal, você basicamente vai precisar refazer os códigos das suas páginas. 


Vale mencionar que existem alguns plugins que realizam esse tipo de conversão automaticamente, mas eles costumam ter bugs e nem sempre acertam de primeira – geralmente, é necessário dedicar pelo menos um tempinho para uma boa revisão –.


Vale a pena usar AMP em 2025? Entenda se essa é a melhor solução para o seu negócio


Apesar de não ter sido muito bem recebida, a iniciativa AMP nasceu de um propósito nobre: deixar a navegação web mais rápida para os usuários de dispositivos móveis.


Na época em que foi lançado, o projeto realmente ajudou vários sites a atingirem um nível de otimização que eles dificilmente teriam conseguido sem o framework. Sem dúvidas, as páginas criadas com AMP tinham um carregamento muito mais veloz nos dispositivos móveis do que as versões convencionais.


Mas isso já não se aplica à realidade atual. A tecnologia avançou bastante nos últimos anos. Hoje em dia, é possível criar websites incríveis que se adaptam perfeitamente a múltiplos dispositivos sem utilizar o AMP. 


Essa é a ideia por trás do design responsivo, a abordagem que já se tornou padrão no desenvolvimento web: projetar as plataformas para que elas performem bem tanto no mobile quanto no desktop, naturalmente.


Existem muitas formas de otimizar a velocidade de carregamento das suas páginas para criar experiências de navegação fluidas, rápidas e cheias de personalidade – sem as diversas restrições de design e usabilidade envolvidas no uso do AMP –.


Mas como quase tudo no mundo do SEO, a melhor resposta para a pergunta “ainda vale a pena usar AMP?” é… 


Depende (mas geralmente, não!).


Se você já tem páginas AMP que funcionam superbem dentro da sua estratégia digital, não tem por que excluí-las. A depender dos resultados e dos seus objetivos, vale a pena abraçar o conselho daquele famoso ditado sobre “não mexer em time que está ganhando”.


Caso você tenha um site de notícias, também pode ser interessante se aprofundar nos recursos AMP. Embora o uso do framework não seja mais um requisito oficial para aparecer no carrossel de Principais Notícias, as observações mostram que muitos dos resultados destacados na seção ainda seguem esse padrão.


Mas exceto por esses dois cenários específicos, dá para dizer que a maioria dos sites se sai melhor nos aspectos de UX e SEO sem usar o AMP.


AMP e as novas tendências: qual é o futuro da navegação mobile? 


Imagem em IA de uma tela de computador sobre uma mesa. Na tela estão alguns símbolos e a palavra SEO

É verdade que o AMP teve sua época de ouro e contribuiu bastante para a guinada que a navegação mobile tomou na última década.


Mas, a essa altura do campeonato, não dá para negar que o framework do Google se tornou obsoleto em comparação com outras tecnologias. Hoje em dia, a melhor pedida é investir no design responsivo para construir páginas capazes de manter a leveza, a agilidade e a identidade visual em diferentes dispositivos.


Por enquanto, não há indícios de que o projeto AMP possa se reinventar e ganhar relevância nos próximos anos. Para quem deseja criar experiências marcantes para a navegação móvel, a nossa dica é focar nas Core Web Vitals com estratégias  de otimização manual e acompanhar as tendências mais atuais do SEO Mobile.


Se a ideia for melhorar a velocidade de carregamento das páginas, por exemplo, você pode usar o método de lazy loading, otimizar as mídias e minificar os arquivos de código. Não é difícil criar páginas tão rápidas quanto as AMP  (e até mais velozes) com um pouco de dedicação e conhecimento técnico.


Aliás, caso você queira continuar aprendendo sobre como trazer os benefícios da otimização SEO para o seu site, é só conferir nossos outros posts aqui no Blog da Wesearch!


De um guia completo sobre Google Analytics até muita informação sobre Marketing de Conteúdo, não faltam materiais tão informativos quanto este que você acabou de ler – tudo pensado para te ajudar a impulsionar os negócios por meio da visibilidade orgânica –.


4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

ความคิดเห็น


bottom of page