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Análise SWOT: prevenção e desenvolvimento estratégico para o seu negócio

  • Foto do escritor: Juliana Melo
    Juliana Melo
  • 18 de mar.
  • 10 min de leitura
Ilustração em IA de um quadrante com uma inicial da análise SWOT em cada quadrado

Você conhece o contexto da sua empresa de verdade?


Para algumas pessoas, essa pergunta pode até parecer estranha… mas pode acreditar quando a gente diz: o entendimento profundo sobre as condições que podem influenciar o desempenho da sua marca é essencial para o sucesso nos negócios. E é por isso que a análise SWOT tem tudo para se tornar a sua maior aliada.


Conhecida por sua simplicidade e pela eficácia na missão de revelar fragilidades e potenciais “escondidos”, a metodologia é presença obrigatória em quase todos os cursos de administração e gestão de negócios. Mais do que uma forma de obter clareza sobre as oportunidades e limitações que circundam uma empresa ou projeto, a análise SWOT é uma etapa indispensável no desenvolvimento de um bom planejamento estratégico.


E sabe o que é melhor? Você pode começar a estudar o contexto da sua empresa agora mesmo. Basta separar uma folha de papel e uma caneta – ou abrir um editor de documentos online – e seguir os passos fáceis do nosso guia completo da análise SWOT!


Aqui, você vai descobrir:




Entenda o que é a Análise SWOT e por que ela é essencial para empresas 


A análise SWOT é uma metodologia utilizada na gestão de negócios para identificar os principais aspectos que podem impactar o sucesso e o crescimento de uma organização. 


Em outras palavras, é uma técnica de análise estratégica que parte da identificação das coisas que favorecem o desenvolvimento de um determinado projeto, setor ou negócio, assim como os desafios que ele precisa enfrentar. Essas informações geralmente são registradas em uma tabela simples de formato 2x2, a famosa matriz SWOT.


A sigla reúne as iniciais dos conceitos que representam os pilares da metodologia: “strengths, weaknesses, opportunities, threats”. Em português, eles podem ser traduzidos como “forças, fraquezas, oportunidades e ameaças” – os fatores que devem ser levados em consideração nas análises –. Por isso, aqui no Brasil, é comum que a matriz SWOT receba um nome quase cômico: matriz FOFA.


Assim, é possível visualizar com facilidade e eficiência os elementos que compõem o contexto da empresa (ou de uma campanha, equipe ou investimento específico). E pode acreditar quando a gente diz que esse é um conhecimento essencial para orientar as tomadas de decisões nos negócios!


Apesar da simplicidade, a análise SWOT é uma aliada valiosa no planejamento estratégico empresarial e pode até servir como ponto de partida para estudos mais aprofundados, como os de Growth Marketing, por exemplo.


Saiba como funciona a Análise SWOT e os pilares que sustentam essa ferramenta 


A análise FOFA/SWOT parte do princípio de que é importante documentar os fatores internos e externos que podem afastar ou aproximar a empresa de seus objetivos de negócio, além de poder impactar bastante a construção de um bom branding.


Como o próprio nome sugere, os fatores internos são aqueles pontos sobre os quais a empresa tem controle direto. Questões organizacionais e estruturais que condicionam o funcionamento do negócio também entram aqui. A análise interna engloba as forças e as fraquezas do empreendimento ou projeto analisado.


Por outro lado, os fatores externos dizem respeito ao que acontece “do lado de fora” da empresa. São as oportunidades e as ameaças, elementos que geralmente não podem ser controlados pela organização mas impactam o desempenho e os resultados dos negócios.


Abaixo, explicamos um pouco mais sobre os quatro pilares da análise SWOT.


Forças 

 

A análise SWOT geralmente começa com uma lista dos pontos fortes.


Também chamados de “forças” (strengths), eles são tudo aquilo que sua empresa já faz muito bem. Em uma definição mais ampla, essa parte da análise SWOT se dedica a todos os aspectos internos que contam “pontos positivos” para o negócio. 


Portanto, as forças são fatores que impulsionam o potencial competitivo da marca: pode ser um ativo ou produto exclusivo, o capital intelectual das equipes, uma determinada área ou serviço que se destaca pela qualidade, a relação etc.


Resumindo: as forças são características e recursos que garantem vantagens para o seu negócio. Identificar esses aspectos é uma etapa indispensável para que você consiga capitalizá-los adequadamente e usá-los a favor dos negócios.


Fraquezas 


Já as fraquezas são os fatores internos da sua empresa que precisam de melhorias ou adaptações.


Em outras palavras, o segundo quadrante da matriz SWOT deve ser dedicado a tudo aquilo que pode representar limitações para as vendas ou prejudicar o desempenho da empresa. 


Nessa etapa, você pode pensar nas questões em que os seus concorrentes se saem melhor do que a sua marca ou em empecilhos que dificultam a realização dos objetivos de negócios. Também é importante observar as críticas que os consumidores têm feito sobre os seus produtos, serviços e atendimento.


Recursos financeiros insuficientes e desorganização dos processos internos são alguns exemplos de pontos que podem entrar na lista de fraquezas da análise SWOT.


Oportunidades 


Como o próprio nome sugere, as oportunidades são situações que você pode aproveitar para impulsionar os negócios da sua empresa.


Aqui, estamos falando de fatores externos – coisas que não dependem diretamente do seu negócio –. É o caso de tendências de consumo, movimentos do mercado, surgimento de novas tecnologias, disponibilização de incentivos governamentais e lacunas em um nicho de atuação específico.


Resumindo: as oportunidades elencadas durante a análise SWOT devem ser vistas como elementos que podem ser benéficos para o crescimento do seu negócio (e que você ainda não está explorando ao máximo).


Ameaças 


Assim como as oportunidades, as ameaças são condições externas ao ambiente da empresa. Mas, nesse caso, a lista é dos fatores potencialmente desafiadores para a estabilidade e para a expansão da marca.


Geralmente, o preenchimento desse quadrante da matriz SWOT envolve uma boa pesquisa de mercado. É assim que você vai descobrir o que pode trazer problemas para a performance da sua empresa a curto, médio e longo prazo.


Faça uma reflexão cuidadosa sobre as questões que têm o potencial de impactar negativamente o andamento dos seus objetivos de negócios. Alguns exemplos são mudanças nas legislações, fortalecimento da concorrência ou oscilações econômicas que afetam os hábitos de consumo do seu público-alvo.


Por estarem ligadas a fatores externos, as ameaças não dependem do controle direto da sua empresa. Entretanto, incluí–las na análise SWOT é importante para que você possa se preparar da melhor maneira possível e desenvolver estratégias de contenção de danos.


Modelo de Análise SWOT: como preencher de maneira eficiente


Mas, na prática… como os fatores que são elencados durante a análise SWOT são registrados e organizados?


Conforme já mencionamos, a estrutura clássica da matriz FOFA é bem simples. Na imagem abaixo, você pode visualizar um modelo de análise SWOT:


Ilustração em IA de um modelo de análise SWOT com duas flechas em cruz onde cada quadrante leva uma inicial da análise

A estrutura da matriz FOFA pode ser facilmente reproduzida em tabelas feitas a mão (no papel ou em um quadro branco, por exemplo). Outra boa opção é digitalizar os registros: você pode criar uma tabela em um documento do Microsoft Word ou do Microsoft PowerPoint. Para facilitar o compartilhamento e o envio da matriz SWOT, uma alternativa interessante é utilizar documentos no Google Docs ou Google Apresentações.


Nossa dica é transformar a análise SWOT em uma tarefa coletiva: vale a pena se reunir com os colegas de equipe ou líderes para desenvolver reflexões conjuntas sobre as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa. Lembre-se de que várias cabeças sempre pensam melhor do que uma!


Além disso, algumas sugestões que podem contribuir para a eficácia da sua análise SWOT são:


  • Estabeleça o objetivo principal da análise e delimite o foco – isto é, determine se a matriz será voltada para projetos, departamentos ou times específicos ou se a ideia é analisar a empresa como um todo –.


  • Na hora de preencher a matriz FOFA, faça um brainstorming com os membros das equipes e com os líderes para obter insights diversos e abrangentes. Isso evita que a análise se torne enviesada ou limitada.


  • Realize levantamentos internos para entender as forças e fraquezas da empresa de maneira realista (baseada em dados). Avalie os indicadores-chave de desempenho, as informações de performance financeira, o sucesso dos produtos e serviços existentes, a eficácia dos processos internos etc.


  • Ouça os feedbacks dos funcionários e dos consumidores para entender como anda o relacionamento da sua empresa com as diversas partes envolvidas nos negócios e identificar os pontos fortes e fracos. Nesse aspecto, o UGC (User-generated content) pode ser um aliado valioso.


  • Quando for preencher os quadrantes dedicados a fatores externos (oportunidades e ameaças), considere estudos como análises de concorrência, pesquisas de tendências e levantamentos de dados socioeconômicos.


Ah! E se quiser aprofundar um pouco mais sobre entender melhor o seu cliente, aproveite nosso conteúdo que mistura UX e SEO.


Exemplo de Análise SWOT: descubra como aplicar na prática 


Bateu a curiosidade para saber mais sobre os fatores que podem compor a matriz FOFA nas empresas? Então é hora de explorar alguns exemplos de análise SWOT!


A seguir, elencamos sugestões de questionamentos que ajudam no preenchimento de cada quadrante da matriz. Além disso, listamos exemplos fictícios de elementos que se encaixariam nesses espaços. Confira:


Perguntas que você pode fazer para identificar as forças:


  • Quais são os pontos da empresa que os clientes mais elogiam?

  • Quais são os diferenciais da marca em relação às concorrentes?

  • O que o negócio oferece de mais exclusivo?

  • A empresa possui ativos (como tecnologias patenteadas, capital forte etc)?


Exemplos de forças na análise SWOT:


  • “Nossa comunicação com os clientes é eficaz”;

  • “O engajamento dos usuários nas nossas redes sociais é alto”;

  • “O tráfego orgânico do nosso site é superior ao de portais de marcas concorrentes”;

  • “Nosso site tem uma boa performance SEO e aparece em muitas pesquisas”;

  • “Os materiais de e-mail marketing costumam ser visualizados por muitos usuários e têm boas taxas de cliques”.


Perguntas que você pode fazer para identificar as fraquezas:


  • O que os concorrentes têm, mas nossa empresa não tem?

  • Quais são os principais pontos de insatisfação mencionados por clientes e leads?

  • O que precisamos melhorar para impulsionar o desempenho?

  • Quais recursos e conhecimentos fazem falta no andamento dos nossos negócios?

  • Existe algum canal de comunicação que não parece impactar o público-alvo como gostaríamos?

  • Quais processos internos costumam gerar problemas nos fluxos de trabalho? Existe algum procedimento que dificulta a realização eficiente das tarefas?


Exemplos de fraquezas na análise SWOT:


  • “A atribuição de tarefas entre os membros da equipe é ineficaz”;

  • “Nossos clientes têm dificuldades para entender as orientações de uso dos produtos”;

  • “Nossas embalagens e rótulos são frequentemente criticados pelos consumidores”;

  • “O grande volume de gastos e despesas está prejudicando a lucratividade da empresa”;

  • “A experiência do usuário no nosso site oficial é insatisfatória”.


Perguntas que você pode fazer para identificar as oportunidades:


  • Quais tendências do mercado podem ser benéficas para a nossa marca?

  • Algum dos temas que estão em alta mídia e nas redes sociais pode ajudar a trazer mais atenção para a empresa?

  • Quais das nossas forças podem ser exploradas para atrair mais clientes e parcerias?

  • O que o nosso público-alvo busca e não encontra na concorrência? Que lacunas podemos ocupar?

  • Há nichos e regiões em que a concorrência é mais fraca?


Exemplos de oportunidades na análise SWOT:


  • “Os consumidores têm demandas que os nossos produtos podem atender”;

  • “Nenhuma marca oferece produtos/serviços como os nossos na cidade ‘X’”;

  • “Há muitos conteúdos sobre um assunto ligado ao nosso nicho de atuação surgindo na internet e na imprensa. Podemos ‘surfar nessa onda’ para ganhar mais popularidade”;

  • “Existe a possibilidade de fazer parcerias com influenciadores digitais, celebridades e outras figuras públicas para aumentar o alcance da marca”.


Perguntas que você pode fazer para identificar as ameaças:


  • De que formas as nossas fraquezas nos deixam vulneráveis?

  • Para quais demandas do mercado a nossa marca não está preparada?

  • Quais questões econômicas e/ou sociopolíticas podem trazer impactos negativos para os negócios?

  • Como estão as projeções e planos de expansão das marcas concorrentes?

  • Existe alguma outra empresa que tem crescido a ponto de ameaçar a fatia do mercado que dominamos?


Exemplos de ameaças na análise SWOT:


  • “Um concorrente importante está para lançar uma linha de produtos que deve atender bem às demandas do nosso público-alvo”;

  • “Há um Projeto de Lei em trâmite que pode dificultar as nossas atividades no futuro”;

  • “A economia nacional está enfrentando uma instabilidade que afeta diretamente os hábitos de consumo do nosso público”;

  • “Nossos concorrentes estão ganhando muito mais popularidade nas redes sociais”.


Mas afinal, quando fazer a matriz SWOT? 


A elaboração da análise SWOT pode ser benéfica para as empresas em muitos momentos diferentes, independentemente da fase de expansão e da lucratividade atual.


Portanto, não existe uma “hora certa” para se dedicar ao preenchimento da matriz. Na verdade, o mais indicado é que a análise SWOT faça parte dos ciclos de planejamento estratégico de maneira regular – você pode refazê-la a cada ano, por exemplo –. Assim, ela atua como ferramenta complementar nas rotinas de monitoramento dos negócios.


Embora seja sempre útil, a análise SWOT pode ter um papel especialmente importante em alguns momentos e situações específicas, como:


  • Quando ocorrem alterações importantes nas condições e processos internos do negócio, como reestruturações nos departamentos ou mudanças no quadro de gestores;

  • Durante o planejamento das fases de expansão das atividades (abertura de novas filiais de um estabelecimento, inclusão de novas linhas de produtos etc);

  • Diante de modificações no mercado, nas leis e na economia. É o caso de momentos de instabilidade econômica, flutuações das tendências de consumo e situações similares;

  • Nas etapas de estruturação e planejamento de novos projetos, equipes e/ou departamentos dentro da empresa.


Como usar a Análise FOFA (SWOT) para identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças 


Imagem em IA de um globo terrestra com uma lupa sobre o continente sul-americano e várias engrenagens e gráficos ao redor

A análise SWOT pode ser o primeiro passo para um planejamento estratégico “nota 10”.


Com a ajuda dessa poderosa ferramenta e de um bom trabalho de análise de dados, é possível conquistar uma compreensão profunda e realista sobre os contextos externos e internos das empresas. Assim, fica bem mais fácil se aproximar dos objetivos de marca, mitigar possíveis riscos, tomar decisões de gestão mais assertivas e aproveitar melhor as oportunidades de negócios.


Depois de preencher os quadrantes da matriz FOFA, não deixe de refinar os registros e refletir sobre todos os fatores que vieram à tona durante a análise. Você pode classificar as informações elencadas de acordo com o nível de prioridade que elas devem receber no planejamento estratégico – uma boa dica é utilizar critérios de importância, urgência e viabilidade para criar essas categorias –.


Outra sugestão interessante é aplicar as informações obtidas durante a análise SWOT na metodologia TOWS, uma abordagem que sugere a criação de estratégias a partir da relação entre os fatores internos e externos presentes na matriz FOFA. A ideia é adicionar quatro quadrantes adicionais para explorar:


  • Forças x oportunidades: quais medidas podem ser tomadas para que a empresa consiga usar seus pontos fortes para abraçar as oportunidades?


  • Forças x ameaças: como os pontos fortes da empresa podem ajudá-la a superar ou evitar as possíveis ameaças?


  • Fraquezas x oportunidades: de que formas a marca pode aproveitar as oportunidades para mitigar ou diminuir suas fraquezas?


  • Fraquezas x ameaças: o que pode ser feito para escapar das ameaças e minimizar os pontos fracos?


Ao elaborar estratégias e ideias para cada um desses novos quadrantes, você eleva a complexidade da análise SWOT e dá a guinada necessária para a criação dos planos de ação que guiarão o andamento dos negócios.


Aliás… se você quiser continuar aprendendo sobre como impulsionar o desempenho da sua empresa por meio das abordagens estratégicas e do marketing digital, não deixa de conferir os nossos outros posts aqui no Blog da Wesearch!


De Marketing de Conteúdo a guias completos como este sobre o Google Analytics, nós temos vários conteúdos superinformativos especialmente pensados para potencializar as marcas que desejam usar a tecnologia a favor dos negócios.


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