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HTTPS e HTTP: diferenças e importância na segurança do seu site

  • Foto do escritor: Juliana Melo
    Juliana Melo
  • 23 de jan.
  • 11 min de leitura
Ilustração em IA de um cadeado com a palavra HTTPS no corpo e vários sites em fila ao fundo


Você já se deparou com algum aviso do tipo “sua conexão com este site não é segura” ao tentar acessar algum portal da web?


Caso tenha passado por essa situação, você provavelmente conhece a mistura entre insegurança e frustração que ela causa. Aliás, é bem possível que a advertência tenha sido suficiente para te fazer desistir de conferir a página. 


E você com certeza não quer que isso aconteça com os visitantes do seu site.


É por isso que, para quem investe no digital para impulsionar os negócios, conhecer a diferença entre HTTP e HTTPS é essencial.


Ainda que alguns navegadores não exibam mais as famosas letrinhas HTTPS ou HTTP no início das URLs, elas continuam tendo uma importância gigantesca para a experiência dos usuários que circulam pela web – e, por consequência, para o crescimento orgânico dos sites –. Não é à toa que cada vez mais portais comerciais têm adotado o protocolo HTTPS.


Mas… afinal de contas, o que é HTTP? E HTTPS? Será que a migração é tão importante assim?


Para acabar de vez com essas (e outras dúvidas), basta continuar a leitura! Aqui, você vai descobrir tudo sobre como HTTP e HTTPS funcionam, quais são as diferenças entre esses dois protocolos e por que eles estão entre as preocupações fundamentais dos especialistas em SEO.




Como funciona o HTTP? 


HTTP (Hypertext Transfer Protocol, ou Protocolo de Transferência de Hipertexto) é o protocolo básico que os navegadores usam para se comunicar com os servidores web. É como um conjunto de regras e padrões que permite que os usuários visualizem o conteúdo de um website.


Para te ajudar a entender melhor, vamos por partes.


Os sites que você acessa na internet são compostos por elementos como arquivos HTML e JavaScript, imagens, folha de estilo etc. Tudo isso fica hospedado em servidores web, sistemas que servem justamente para armazenar esses dados.


Para que você consiga visualizar um post de blog, por exemplo, o seu navegador (como o Chrome ou o Mozilla Firefox) precisa se conectar com o servidor que hospeda o blog e solicitar o acesso ao conteúdo da página. O HTTP é o “canal” que viabiliza essa comunicação.


Portanto, quando você digita uma URL na barrinha de endereço ou clica em um link, o navegador envia uma mensagem – a solicitação HTTP – para o servidor. O servidor responde (também por meio do HTTP) enviando os arquivos que compõem a página, e ela é finalmente exibida na sua tela.


É graças a esse modelo de transferência de dados, conhecido como cliente-servidor, que você consegue acessar o conteúdo de um site hospedado em um servidor dos Estados Unidos ou do Japão, por exemplo.


O que é HTTPS? 


Por sua vez, a sigla HTTPS significa Hypertext Transfer Protocol Secure.


Ela nomeia um protocolo de transferência de dados que funciona de maneira muito similar ao HTTP. Mas, nesse caso, através do HTTPS, a conexão entre o navegador e o servidor é estabelecida com criptografia: as informações trocadas são codificadas e se tornam enigmas matemáticos complexos, que não podem ser decifrados por intrusos.


Em outras palavras, o HTTPS evita que os dados sejam interceptados por terceiros no trajeto entre o navegador e o servidor.  Por isso, é comum que as pessoas se refiram a ele como a versão mais segura do HTTP.


Para que você possa acessar um site usando uma conexão HTTPS, ele precisa ter um certificado SSL (Secure Sockets Layer) ou TLS (Transport Layer Security). O uso dessas tecnologias é o grande diferencial do HTTPS, já que elas carregam as chaves de criptografia responsáveis por barrar acessos não autorizados – e proteger os dados –.


Geralmente, as siglas dos protocolos de transferência de dados aparecem logo no início das URLs, como mostra o print abaixo.



Print de uma barra de endereço da internet, com um pequeno retângulo verde sobre o protocolo HTTPS


Mas alguns navegadores, como o Google Chrome, preferem ocultar esses trechos na barra de endereço.


Até nesses casos, é muito fácil descobrir se um site usa protocolos HTTPS de conexão segura. Basta observar os ícones que aparecem no canto da barra de URL: a maioria dos navegadores exibe um símbolo clicável que revela o status de segurança da página.


No Mozilla Firefox, por exemplo, o ícone de navegação segura é um cadeado. No Google Chrome, ele aparece assim:


Print de uma tela de navegador do Google Chrome mostrando o endereço da Wesearch

Diferença entre HTTP e HTTPS: qual é o melhor protocolo para a segurança do seu site? 


Como você já sabe, a principal diferença entre HTTP e HTTPS é o uso da criptografia na transferência de dados.


Além disso, os protocolos HTTPS ainda contam com outros recursos de segurança que preservam a privacidade da conexão, evitando problemas como vazamentos de informações e ataques de hackers. 


Por causa dessa proteção diferenciada, os sites que usam HTTPS para garantir conexões seguras ganham vantagem na performance SEO. Eles também tendem a se sair melhor nos quesitos ligados à velocidade das páginas e ao desempenho.


E a gente explica isso tudo com mais detalhes abaixo. Confira, a seguir, o funcionamento prático das diferenças entre HTTP e HTTPS:


Segurança 


Não dá para negar que os protocolos HTTPS se tornaram sinônimos de segurança na navegação web.


Isso porque, no HTTP, as informações são transferidas como textos simples – incluindo as senhas e dados pessoais dos usuários –. Isso significa que qualquer pessoa que consiga se conectar à mesma rede pode ter acesso a elas.


Já no acesso por HTTPS, as transferências passam por várias etapas de criptografia. E não para por aí: os certificados de segurança também utilizam a autenticação para validar a identidade dos sites e evitar que os usuários se conectem a sites falsos.


Ainda no quesito segurança, o acesso por HTTPS também se destaca pela capacidade de proteger a integridade dos dados (ou seja, impede que as informações transferidas sejam alteradas por hackers).


Por isso, de maneira geral, o uso de certificados SSL/TLS reforça a cibersegurança e minimiza as chances de os usuários sofrerem ataques man-in-the-middle, phishing, sequestros de sessão, vazamentos e outras atividades criminosas.


Autoridade 


Você frequentaria uma agência de banco que não tem nenhum tipo de controle sobre quem entra e sai? Sem guardas de segurança, sem detectores de metais, sem portas de travamento automático…


E um cinema cheio de fiações antigas, soltando faíscas no teto e nas paredes, que não conta nem mesmo com uma saída de emergência?


Pois é. Assim como no caso dos clientes em estabelecimentos físicos, a sensação de segurança é essencial para conquistar a confiança dos visitantes nos sites comerciais. Nesse sentido, viabilizar o acesso via HTTPS também é uma questão de proteger a reputação da empresa.


O uso de um protocolo SSL/TLS é capaz de conferir mais credibilidade ao portal da sua marca e reforçar a imagem de profissionalismo. Com esse recurso, as pessoas se sentem mais confortáveis em navegar pelas páginas do site – um fator crucial para que a sua empresa seja considerada confiável e consiga conquistar autoridade na internet –.


Vantagens SEO 


Imagem em IA de um globo terrestre com uma lupa sobre o continente americano  e várias conexões e engrenagens ao redor

Para quem investe nas estratégias de SEO para atrair visibilidade orgânica, a preocupação com a segurança da conexão não é opcional.


Afinal, os sites que utilizam o HTTPS são priorizados pelo algoritmo do Google na hora de definir quais links são exibidos primeiro nas páginas de resultados das buscas (ou SERPs, Search Engine Results Page).


Por isso, muitas vezes, o certificado SSL/TLS atua como “critério de desempate” na classificação dos resultados. Imagine dois sites que têm desempenhos similares na maioria dos critérios de ranqueamento – como qualidade do conteúdo, backlinks, usabilidade etc –. Se apenas um deles oferecer conexão por HTTPS, provavelmente será o vencedor nessa disputa.


Além disso, como já mencionamos, o efeito de confiabilidade proporcionado pelo HTTPS influencia o comportamento dos usuários dentro do site, o que também contribui para o sucesso nos rankings. Resumindo: a presença desse recurso de segurança é decisiva para a performance SEO (em vários sentidos).


Velocidade e desempenho 


A segurança, a construção de autoridade e a performance SEO não são os únicos aspectos impulsionados pelo uso de HTTPS nos sites.


As páginas acessadas por meio desse protocolo tendem a carregar mais rapidamente em comparação com as que utilizam o HTTP como padrão. Elas ainda podem proporcionar um desempenho mais eficiente durante a navegação (o que também depende da aplicação estratégica de outras iniciativas de otimização para SEO, é claro).


Tanto no desktop quanto em dispositivos móveis, o acesso por HTTPS facilita a criação de plataformas ágeis e responsivas. Vale lembrar que esses fatores são tão importantes para a classificação de resultados do Google que aparecem nas Core Web Vitals, as métricas de usabilidade oficiais do maior buscador do mundo.


Gerenciamento de tráfego de referência 


Existem vários caminhos que os usuários podem tomar para chegar ao seu site.


Os visitantes que acessam o portal da sua marca a partir das redes sociais, de backlinks ou de anúncios fazem parte do tráfego de referência – é diferente do tráfego orgânico, aquele obtido quando as pessoas encontram o seu site por meio dos resultados de buscas –.


Para quem usa o protocolo HTTPS, é bem mais fácil captar dados precisos sobre a origem dos acessos. Até mesmo nas melhores plataformas de análise (a exemplo do famoso Google Analytics), é comum que o tráfego de referência seja classificado erroneamente como parte do tráfego direto quando o site utiliza HTTP.


Por que o HTTPS melhora o SEO e aumenta a confiança dos usuários? 


Até aqui, você já percebeu que o acesso via HTTPS tem uma influência gigantesca sobre a performance SEO.


Mas… afinal de contas, por que isso acontece?


É simples: o Google sempre se esforça para oferecer as melhores experiências de pesquisa para os usuários. Por isso, além de classificar os resultados de acordo com a relevância do conteúdo, o buscador também dá muita importância aos fatores ligados à segurança e à usabilidade – não é à toa que a relação entre SEO e UX é tão próxima –.


O papel do HTTPS como critério de classificação já foi abordado várias vezes em materiais oficiais do próprio Google. É uma definição que faz parte das iniciativas tomadas pela companhia em prol de uma web mais segura.


Além disso, os usuários sabem quando a conexão com um site não é protegida. Isso vale até para quem nem conhece a diferença entre HTTP e HTTPS, já que todos os navegadores mais populares exibem avisos sobre o status de conexão. Alguns deles chegam a mostrar mensagens de advertência desencorajando o acesso a sites HTTP.


Até no caso dos visitantes que escolhem continuar com a navegação, a tendência é que a falta de conexão segura gere desconfiança, o que pode aumentar bastante a taxa de rejeição e diminuir o tempo que as pessoas passam dentro do site. 


Na interpretação dos sites de busca, tudo isso significa que o portal não é tão relevante para os usuários (e, consequentemente, não merece destaque nas SERPs). Melhor evitar esse efeito, né?


Como migrar de HTTP para HTTPS: passo a passo para garantir a segurança 


Agora que você conhece a importância de poder contar com o protocolo HTTPS, é hora de descobrir mais sobre como integrar todas as vantagens que apresentamos no seu site.


A boa notícia é que esse processo costuma ser simples! Para migrar o seu site de HTTP para HTTPS, basta seguir as etapas abaixo:


  1. Antes de mais nada, você precisa adquirir um bom certificado SSL/TLS. Ele pode ser comprado por meio de empresas especializadas conhecidas como autoridades de certificação. Alguns exemplos de autoridades populares são Digicert, Comodo e Let’s Encrypt.


  1. O próximo passo é instalar o certificado SSL/TLS, o que deve ser feito junto ao seu provedor de hospedagem. Você pode conferir a documentação oficial da plataforma que hospeda o seu site para encontrar as orientações específicas sobre como ativar os certificados. A outra opção é entrar em contato com a equipe de suporte do provedor.


  1. Agora que o certificado está devidamente ativado, é hora de implementar o redirecionamento 301 em todas as páginas para atualizar as URLs – afinal, os endereços mudaram de “http://” para “https://”, e é importante que os usuários sejam encaminhados para as URLs certas –. Os redirecionamentos podem ser criados por meio de alterações no arquivo .htaccess do site. Caso você utilize o CMS Wordpress, também pode recorrer a plugins como o Really Simple SSL.


  1. Em seguida, faça uma verificação completa para confirmar que todas as páginas do seu site foram corretamente adaptadas para o acesso por HTTPS. Você pode usar uma ferramenta de auditoria para identificar possíveis problemas de redirecionamento e dificuldades de acesso.


  1. Por fim, não se esqueça de atualizar o seu sitemap! Essa etapa é superimportante para assegurar que os mecanismos de busca conseguirão rastrear e indexar as novas URLs corretamente. É possível enviar os sitemaps atualizados por meio da seção “Sitemaps” do Google Search Console.


Certificados SSL/TLS e HTTPS: o que você precisa saber para proteger seu site 


Conforme indicamos ali em cima, obter o certificado SSL/TLS é o primeiro passo na migração para HTTPS.


Mas, afinal, como escolher a melhor opção de certificação para o seu site?


Em primeiro lugar, antes é importante que você saiba a diferença entre SSL e TLS: apesar de ainda ser bastante utilizada como protocolo de comunicação, a tecnologia Secure Sockets Layer (SSL) utiliza recursos de criptografia mais antigos e “manjados” – ou seja, com um número maior de vulnerabilidades conhecidas pelos hackers –.


Por outro lado, os certificados de Transport Layer Security (TLS) contam com algoritmos mais modernos e avançados, o que garante uma camada extra de segurança. Eles também costumam proporcionar mais agilidade na transferência dos dados. 


De maneira simplificada, dá para dizer que o TLS é o sucessor do SSL.


As certificações de segurança SSL/TLS se classificam em diferentes tipos, de acordo com seu funcionamento. Os mais comuns são:


  • Certificados de validação de domínio (DV): usados para validar somente o nome do domínio (não autenticam a organização). Esse tipo de certificação atende às necessidades mais básicas de criptografia, como as de blogs e outras plataformas que não envolvem o envio de dados pessoais por parte dos usuários.


  • Certificados de validação da organização (OV): esse tipo de certificação é ideal para sites comerciais de empresas médias e pequenas, já que autentica a identidade da organização. Em outras palavras, os certificados SSL/TLS OV atestam que o site pertence a um negócio, órgão ou entidade legítima.


  • Certificados de validação estendida (EV): por oferecerem estruturas de segurança mais robustas, os certificados EV são recomendados para sites de grandes corporações, instituições financeiras e plataformas que precisam lidar com informações confidenciais. Nesse caso, a validação é mais profunda, abrangendo aspectos operacionais e legais da organização.


Mas as diferenciações não acabam por aí. Os certificados SSL/TLS também se dividem em categorias baseadas no número de domínios que eles são capazes de cobrir.


As certificações de domínio único, como o próprio nome sugere, validam apenas um domínio. Já os certificados wildcard protegem também os subdomínios que fazem parte do domínio-base. Por fim, os certificados multidomínio abrangem diversos nomes de domínio.


Quando usar HTTP e quando usar HTTPS: entenda as boas práticas que vão melhorar seu SEO 


Ilustração em IA de uma mulher sentada em uma mesa com um computador. Na tela está uma página de site e ao fundo várias outras páginas são projetadas

É, não dá para fugir do fato de que os protocolos HTTPS têm muitas vantagens em relação ao (nem tão) bom e velho HTTP.


A garantia de conexão segura é especialmente indispensável para os portais que envolvem operações de login, envio de dados pessoais e transações financeiras (sim, isso inclui compras online!). Mas esse é um fator importante para todos os sites que investem no SEO.


Portanto, a nossa recomendação é investir na migração para HTTPS mesmo que você tenha um site relativamente simples. Afinal, segurança nunca é demais, né?


Aliás, aqui vão algumas dicas extras que podem te ajudar a aproveitar o melhor da conexão segura:


  • Por precaução, vale a pena fazer um backup do seu site antes de realizar a mudança para HTTPS. Assim, você evita perdas significativas caso alguma coisa dê errado durante o processo de migração.


  • Depois de habilitar o acesso HTTPS nas páginas, não deixe de verificar os links internos do site para se certificar de que todos eles estão levando aos lugares certos. Isso é importante para se certificar de que a migração não terá impactos negativos na sua estratégia de link building.


  • Realize auditorias e monitoramentos constantes para garantir que a transferência para HTTPS não gere problemas nos processos de rastreamento e indexação do seu site.


  • Não se esqueça de que a maioria dos certificados SSL/TLS têm validade de mais ou menos um ano (contando a partir da compra). Marque os prazos no calendário e faça questão de renovar suas certificações antes do vencimento!


E aí, gostou de aprender mais sobre HTTP e HTTPS?


Então aqui está a última dica de hoje: se você está sempre buscando formas de otimizar o desempenho do seu site, não deixe de acompanhar nossos posts aqui no Blog da Wesearch. A gente tem vários conteúdos informativos pensados pelos nossos especialistas para te ajudar a impulsionar os negócios por meio do SEO!


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